Sarkozy e a França.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Não sei se muitos lembram ainda das revoltas que aconteceram na Grécia a alguns meses atrás, estudantes em confronto com a polícia e outras coisas, pode não paracer, mas a França está a beira de viver uma situação parecida com essa e muito mais parecida com o caos provocado por Dany Le-Rouge em 1968.
Sarozy é um candidato da direita francesa, logo que entrou no poder fez diversas reformas que desagradaram totalmente os trabalhadores, aumentou o tempo de serviço para a aposentadoria e muitos ferroviários e metroviários fizeram uma greve que durou 10 dias, parando todos os trens e metrôs na França e mesmo assim Sarkozy não voltou atrás.
Agora no inicio desse ano ele viria a fazer novas reformas, uma que mecheria no ensino secundário do pais e a outra que flexibilizaria o trabalho aos domingos (isso mesmo, agora sem descanso na semana!), porém com essas revoltas na Grécia ele resolveu segurar essas medidas para não acontecer o mesmo na França. Em 1968 a França foi tomada pelo "espirito revolucionário" que se passava na época, primavera de Praga na Tchecoslováquia, AI-5 no Brasil, movimento dos Panteras Negras no Estados Unidos, tudo isso motivou os estudantes franceses liderados por Daniel Cohn-Bendit, Alan Geismar, Jacques Sauvageot, tomam as ruas fazendo barricadas, invader universidades como Sorbonne, para lutar contra as medidas do presidente Gen. Charles De Gaulle, herói na Segunda Guerra Mundial. Tudo começou com os estudades, depois os professores, depois os operários, depois grande maioria dos funcionários do governo, lutando contra medidas do governo que era muito fechado e e conservador e é exatamente isso que Sarkozy está tentanto evitar ao adiar essas reformas, não quer uma repetição do que aconteceu naquele ano, não quer manchar a sua imagem enquanto é o lider da União Européia porém com o mandato acabando, ele apenas está adiando algo que planejou como metas de seu governo e povo mesmo assim votou nele.
Usando fatos ditos no último texto, essas medidas na França tem reflexo nessa crise econômica e tendem ao fortalecimento da direita, pois com a crise a camada mais pobre da sociedade tende a reclamar e a se revoltar (nas periferias parisienses no ano novo, tem se tornado um hábito queimar carros em protesto)e com a população pobre se revoltando é preciso acalmá-los de algum modo, sendo violento ou não.

2 comentários:

Eduardo Pandini disse...

Essas reformas pretendidas por Sarkozy e por outros líderes europeus talvez sejam a única maneira de salvar o capitalismo - ou, quem sabe, o caminho mais fácil para que o povo o derrube.

Liberté! Egalité! Fraternité!

Joel Rogerio disse...

O velho e cruel capitalismo agoniza, mas sempre pode se disfarçar de social democracia. Infelizmente alguns líderes europeus querem dinamizar suas economias abandonando o welfare state. Isso nunca funcionará numa Europa que sempre promoveu a incorporação dos excluídos à ordem social democrática.

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